por Ciexpress
Estudo inovador explora o papel das redes sociais virtuais na busca por informações e na geração de conhecimento entre pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A tese de doutorado de Leandro Cearenço Lima, intitulada "Gestão da Informação e do Conhecimento em Redes Sociais Virtuais: Proposição de um Modelo Explicativo para Busca de Informação e Geração de Conhecimento para Lidar com o Autismo", lança novas perspectivas sobre como o Facebook, uma das maiores redes sociais do mundo, pode atuar como uma plataforma capacitada para fornecer suporte informacional e emocional a essas famílias.
O autismo, uma condição neuropsiquiátrica que afeta milhões de crianças em todo o mundo, exige que pais e responsáveis busquem constantemente novos conhecimentos para lidar com os desafios do desenvolvimento e bem-estar de seus filhos. A tese de Lima, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Organização do Conhecimento da UFMG, destaca que o processo de busca e compartilhamento de informações por meio de redes sociais é fundamental para a geração de conhecimento prático sobre o autismo. A pesquisa propõe um modelo explicativo que detalha as fases e interações que ocorrem entre os membros de grupos temáticos no Facebook, voltados para pais de crianças autistas.
O modelo proposto descreve como pais de crianças com autismo utilizam a rede social Facebook para suprir lacunas informacionais. Segundo o estudo, o percurso do usuário começa com a identificação de uma necessidade ou dúvida, seguida por uma busca ativa de informações e pela interação com outros membros do grupo, que compartilham experiências e conhecimentos. Esse processo colaborativo culmina na construção de novas práticas e estratégias para lidar com o TEA no cotidiano.
“Esse modelo não apenas representa uma nova forma de compreender a gestão do conhecimento em redes sociais, mas também fornece uma ferramenta prática para famílias que enfrentam os desafios do autismo,” explica Leandro Cearenço Lima. “A ideia é que, ao interagirem nesses espaços digitais, os pais não só aprendem uns com os outros, mas também criam um ciclo contínuo de geração e aplicação de conhecimento.”
Além de sua contribuição para a ciência da informação, o modelo de Lima destaca o papel das redes sociais na construção de comunidades de apoio e troca de saberes, o que é particularmente importante em questões de saúde e bem-estar. O estudo utiliza uma metodologia que inclui entrevistas semiestruturadas e ferramentas de análise de dados como Word Clouds e Meta Insights, que possibilitaram a coleta e categorização das interações em grupos temáticos sobre autismo no Facebook. A pesquisa empírica foi realizada com mães de crianças autistas, membros do grupo Unidas pelo Autismo, uma comunidade ativa na rede social.
Os resultados demonstram que o Facebook não é apenas um local de socialização, mas um ambiente de troca profunda e significativa de informações que ajudam as famílias a enfrentar o impacto do diagnóstico de TEA. Segundo Lima, "a colaboração digital transforma a forma como as famílias buscam e aplicam novas informações, e isso tem implicações diretas na qualidade de vida dessas crianças e seus cuidadores."
A pesquisa valida empiricamente o modelo proposto, mostrando que ele pode ser replicado e adaptado para diferentes contextos e plataformas digitais, além do Facebook, como em grupos voltados para condições médicas, educação ou suporte psicológico. O estudo contribui para a Gestão do Conhecimento, destacando o potencial das plataformas digitais como ferramentas para a criação e transformação do conhecimento. A pesquisa também oferece insights para a Ciência da Informação, Educação e Saúde, beneficiando diretamente famílias e profissionais que lidam com o autismo. Futuras investigações poderão expandir o modelo e desenvolver novas ferramentas digitais de gestão do conhecimento.
Para ler a pesquisa na íntegra acesse:
LIMA, Leandro Cearenço. Gestão da informação e do conhecimento em redes sociais virtuais: proposição de um modelo explicativo para busca de informação e geração de conhecimento para lidar com o autismo. 2024. Tese (Doutorado em Gestão e Organização do Conhecimento) – Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em: http://hdl.handle.net/1843/69364.
*Texto elaborado com apoio de Large Language Model ChatGPT, e autorizada a divulgação pelo autor.
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