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Evolução da revisão por pares aberta no ecossistema científico

por Ciexpress


No estudo intitulado "Open Peer Review: mais um passo das revistas científicas em direção à Ciência Aberta", Lúcia da Silveira, doutora pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Ernest Abadal, professor da Universitat de Barcelona, abordam a revisão por pares aberta no cenário acadêmico. O artigo analisa os avanços, os modelos de implementação e os desafios desse formato de avaliação, que visa aumentar a transparência e fortalecer a comunicação entre pesquisadores no contexto da ciência aberta.


A pesquisa apresenta um panorama sobre as modalidades de revisão por pares aberta: identidades abertas (onde as identidades dos autores e revisores são conhecidas), pareceres abertos (em que os relatórios de avaliação são disponibilizados publicamente) e participação aberta (permitindo a contribuição de uma comunidade mais ampla no processo de avaliação). Segundo os autores, essas práticas incentivam a transparência e oferecem reconhecimento ao trabalho dos revisores, aumentando a confiança e a credibilidade do processo de comunicação científica.


Apesar dos benefícios, Silveira e Abadal ressaltam que o modelo aberto ainda encontra resistência em comparação ao sistema duplo-cego, onde a identidade de autores e revisores permanece anônima. Essa resistência se deve a receios de retaliações e vieses, especialmente entre revisores mais jovens que podem hesitar em oferecer críticas mais assertivas. Além disso, o processo aberto pode exigir mais tempo e cuidado dos revisores, uma vez que a exposição pública demanda um tom de comunicação mais formal e detalhado.


O estudo destaca exemplos de periódicos e plataformas que adotaram a revisão por pares aberta, como BioMed Central e British Medical Journal, e iniciativas brasileiras, incluindo SciELO e Encontros Bibli. A SciELO, por exemplo, implementou diretrizes que permitem diferentes graus de abertura, como a publicação dos pareceres de revisão e a interação direta entre autores e revisores, avanços para o cenário editorial brasileiro. Tais iniciativas demonstram que a implementação gradual, aliada a suporte institucional e à flexibilidade na adoção das práticas, é essencial para promover essa cultura de transparência.


Os autores observam que, embora o número de periódicos que utilizam plenamente o modelo de revisão aberta ainda seja baixo, as práticas editoriais estão se transformando. Ferramentas e plataformas, como OpenReview.net, Peerage of Science e In Review, oferecem soluções que tornam o processo de revisão mais colaborativo e acessível. Essas plataformas facilitam interações entre revisores e autores, permitindo que a comunidade científica acompanhe o debate acadêmico e o desenvolvimento dos manuscritos.


Para Silveira e Abadal, uma transição gradual e estratégica para a revisão por pares aberta, com níveis de abertura ajustados ao perfil de cada comunidade científica, é o caminho eficaz para avançar nesse modelo. Flexibilidade na adoção, suporte institucional e integração de plataformas adequadas são aspectos essenciais para enfrentar as resistências iniciais e transformar a avaliação científica. A pesquisa também aponta que muitos editores ainda preferem o modelo tradicional duplo-cego, mas que as demandas da ciência aberta incentivam uma adaptação contínua e inovadora nas práticas de avaliação.


O artigo contribui para o debate sobre transparência e avaliação na ciência, destacando que a revisão por pares aberta é um passo necessário em direção à ciência aberta. Ao examinar os prós e contras, Silveira e Abadal fornecem insights práticos para pesquisadores, editores e instituições interessadas em alinhar-se aos princípios de uma ciência mais acessível e participativa.


Para acessar o artigo completo, visite:


SILVEIRA, Lúcia da; ABADAL, Ernest. Open peer review: mais um passo das revistas científicas em direção à ciência aberta. Ciência da Informação Express, Lavras, MG, v. 5, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.60144/v5i.2024.122. Acesso em: 13 nov. 2024.




*Texto elaborado com apoio de Large Language Model ChatGPT.

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